Nicolás Maduro perdeu as eleições presidenciais de julho de 2024 e governa sem legitimidade. Ele é responsável por sofrimento generalizado e repressão política, forçando 8 milhões de venezuelanos ao exílio. O desgoverno de seu regime, combinado com sua aliança com organizações criminosas transnacionais, desestabilizou toda a região. Maduro chegou a ameaçar invadir a vizinha Guiana. Por essas razões, o fim do regime de Maduro seria transformador para a Venezuela e a América Latina.
É importante ressaltar que a Venezuela possui uma oposição democrática capaz — liderada por María Corina Machado e o presidente eleito Edmundo González — que está preparada para governar com responsabilidade.
No entanto, a atual mobilização militar do governo Trump no Caribe parece ter como objetivo principal sinalizar a determinação dos EUA e expandir o leque de opções de Washington, em vez de se preparar para uma mudança de regime.
O governo pode estar tentando pressionar Maduro a fazer concessões, mas seus objetivos específicos permanecem ambíguos. Mesmo com a intensificação da retórica e o fim do canal diplomático com o regime, o governo continua coordenando voos de deportação com o regime e mantém uma licença que permite à Chevron exportar petróleo venezuelano.
Qualquer tentativa de remover Maduro do poder à força exigiria uma preparação extensa: angariar apoio no Congresso, reunir uma coalizão de parceiros regionais, pré-posicionar forças substancialmente maiores e desenvolver planos detalhados para a estabilização pós-regime. O governo compreende os profundos riscos envolvidos — particularmente os danos catastróficos à credibilidade dos EUA caso tal operação fracasse ou resulte em um conflito prolongado.