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A disputa entre a Venezuela e a Guiana pela região do Essequibo. Há risco para o Brasil?

“É muito bom discutir acordos tendo por trás de si uma esquadra com credibilidade”. A frase proferida há mais de um século por José Maria da Silva Paranhos Júnior, patrono da diplomacia brasileira, ressoa no Itamaraty e nas Forças Armadas. A constatação do Barão do Rio Branco serve de alerta às autoridades pátrias de que Estados precisam ser fortes para defender a paz, motivo pelo qual é preciso agir de forma concertada e tempestiva diante de um iminente conflito entre a Venezuela e a Guiana por Essequibo, região que representa aproximadamente 70% do território guianense. A disputa por Essequibo, área da Guiana rica em petróleo e minérios que margeia a fronteira com o território venezuelano, é o estopim de uma desavença que pode transbordar os limites de ambos os países e representar risco às fronteiras setentrionais do Brasil.

O polêmico atrito envolvendo o Essequibo remonta ao século XIX. A região fazia parte da chamada capitania geral da Venezuela, durante o domínio espanhol, e passou a integrar o novo país após a independência da Venezuela em 1811. Em 1814, a Holanda cedeu formalmente aos britânicos o controle da área que viria a ser a Guiana inglesa, mas o acordo não trazia uma definição acerca da fronteira ocidental com a Venezuela. Cerca de vinte anos depois, o governo britânico começou a delimitar essa região e reivindicou Essequibo, o que levou os venezuelanos a denunciarem o Império Britânico por violação a sua soberania. Em 1899, uma arbitragem internacional em Paris proferiu decisão majoritariamente favorável aos britânicos, porém o laudo arbitral foi considerado fraudulento pela Venezuela, porquanto envolvia dois árbitros britânicos, dois norte-americanos (sendo um deles indicado pela Venezuela) e um russo (indicado pelos quatro anteriores). Quando a Guiana conquistou sua independência, em 1966, Venezuela e Reino Unido assinaram um tratado no qual reconheceram a existência de uma controvérsia pendente. Essequibo ainda integra o território da Guiana, mas o governo de Caracas deseja resolver a controvérsia de forma unilateral, em proveito de seu país e à revelia do direito internacional.

A disputa pela cobiçada região do Essequibo ganhou novo capítulo com a realização, pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro, de referendo popular acerca da anexação, pela Venezuela, daquela área rica em reservas petrolíferas. É provável que a deterioração das condições econômicas na Venezuela tenha instigado Maduro a apostar em uma disputa internacional com o objetivo de desviar a atenção dos problemas domésticos e fortalecer-se politicamente por meio do estímulo ao sentimento nacionalista entre os venezuelanos.

Na votação de 3 de dezembro, os eleitores aprovaram as propostas da consulta, que incluem a criação do “Estado de Guiana Essequiba” como parte do território da Venezuela, além de um plano para conceder cidadania venezuelana aos seus habitantes. Após o resultado favorável, Maduro apresentou o novo mapa daquele país, onde a área do Essequibo aparece anexada ao território venezuelano, e anunciou a criação de uma “Zona de Defesa Integral da Guiana Essequiba”. Ademais, um general do exército foi designado provisoriamente como a única autoridade daquela área.

A Guiana tem um exército de apenas 3,4 mil soldados, com infraestrura e equipamentos defasados e precários, ao passo que a Venezuela conta com mais de 120

mil militares na ativa, 220 mil paramilitares e equipamentos bélicos russos e chineses. Essa enorme disparidade militar provavelmente influenciou o cálculo estratégico de Nicolás Maduro e seu projeto de expansão. O episódio reforça a constatação de que, por mais estáveis que sejam as relações interestatais em tempos de paz, o poderio militar- estratégico de um país serve como um garante de sua soberania, atuando como mecanismo de contenção e dissuasão contra possíveis ações hostis por parte de nações estrangeiras. A vulnerabilidade bélica de um Estado, em contraste, pode incentivar a cobiça dos vizinhos. Trata-se de um desdobramento prático do brocardo “si vis pacem para bellum”.

O presidente Nicolás Maduro terá reunião bilateral com o presidente russo Vladimir Putin, em Moscou, com data ainda a ser definida. No encontro, o governo da Venezuela deve solicitar à Rússia apoio político e militar a sua reivindicação territorial. As relações Venezuela-Rússia fortaleceram-se nas últimas décadas, na esteira da oposição do governo dos EUA ao regime do ex-presidente Hugo Chávez e das sanções do governo americano ao país sul-americano. Os russos passaram a fornecer equipamentos militares modernos e a realizar exercícios militares conjuntos com a Venezuela, o que lhes permitiu estabelecer uma cabeça de ponte na América do Sul. A Rússia tem ocupado o vácuo de poder deixado pelos EUA no país e tem interesse em fortalecer alianças globais no contexto de recrudescimento da rivalidade com os norte-americanos causado pelas posições antagônicas na guerra na Ucrânia iniciada em 2022.

A histórica controvérsia envolvendo Essequibo havia sido enviada à Corte Internacional de Justiça (CIJ), o tribunal da ONU responsável por julgar disputas entre Estados nacionais, ainda em 2018. A Guiana chegou a pedir ao tribunal uma decisão cautelar de urgência para impedir a realização do referendo venezuelano. Em resposta, a Corte da Haia ordenou, na sexta-feira anterior à votação, que a Venezuela se abstivesse “de qualquer ação que altere a situação que prevalece no território em disputa, que a Guiana administra e controla”. No entanto, a CIJ não proibiu a realização do referendo, como pleiteavam os guianenses.

Diante de uma possível invasão e anexação venezuelana, o governo de Irfaan Ali, presidente da Guiana, vem intensificando gestões diplomáticas para tentar obter proteção. Além do apoio firme dos Estados Unidos, o governo da Guiana tem recorrido aos vizinhos sul-americanos e espera, sobretudo, uma postura de liderança do Brasil. O Brasil, que é uma potência regional e tradicionalmente consegue resolver problemas fronteiriços por meio de negociação e mediação, deveria exercer um papel importante na solução do conflito, por meio de sua diplomacia. O fato de ter fronteira com os dois países em litígio reforça a necessidade de o governo brasileiro exercer sua influência e liderar o caminho para a paz.

Urge não deixar que se chegue a uma situação mais grave, pois há claro interesse do governo venezuelano, imerso em difícil situação econômica, em realimentar a situação de tensão para usar a Guiana como inimigo externo e mobilizar a população, como já tem feito. A reunião entre os presidentes da Guiana e Venezuela prevista para breve seria uma boa oportunidade para o Brasil exercer a função moderadora que lhe cabe.

O Mercosul, por sua vez, demonstrou preocupação com a situação e emitiu comunicado conjunto no qual seus integrantes, além de Chile, Equador, Colômbia e Peru, manifestaram “profunda preocupação” com os desdobramentos da contenda entre

Venezuela e Guiana. O Brasil, que ocupa atualmente a presidência pro tempore do bloco, articulou politicamente a declaração dos países sul-americanos.

O conflito envolvendo Venezuela e a Guiana gera preocupação no Brasil, uma vez que a área em disputa se situa ao lado de Roraima, o que coloca em risco a integridade territorial brasileira. Como a região que liga a Venezuela a Essequibo é de densa floresta, uma possível intervenção militar da Venezuela contra a Guiana poderia ocorrer pelo norte (acesso pelo mar) ou pelo sul, atravessando o estado brasileiro de Roraima. A apreensão do governo brasileiro com uma possível transgressão fronteiriça, em violação de sua soberania, é intensificada pelo fato de que a invasão aconteceria em reserva indígena, a Raposa Serra do Sol, o que agrega complexidade política ao caso.

A tensão próxima a Roraima levou o exército brasileiro a reforçar as tropas naquele estado, com o envio de soldados e veículos blindados, elevando o número de militares no trabalho de patrulha e fiscalização na região de Pacaraima, município de Roraima mais próximo da Venezuela. Essa retaguarda militar é essencial enquanto o governo brasileiro exorta as partes em disputa a buscarem um deslinde pacífico para a questão.

Na cidade de Lisboa, capital de Portugal, há uma estátua que representa a diplomacia. Trata-se de uma figura feminina, com semblante sereno, que segura uma espada na mão esquerda e aponta uma pilha de livros e pergaminhos com a mão direita. O simbolismo da obra é perfeito para ilustrar o caso de Essequibo: o serviço exterior de um país deve orientar-se pelas normas do direito internacional e dos acordos pacíficos, porém não pode descuidar da garantia proveniente das armas para defender a justiça.

Alegoria à Diplomacia, de Maximiano Alves (1888-1954).

A estátua localiza-se na Sala das Sessões do Palácio de São Bento, sede do parlamento português em Lisboa, Portugal.

Fonte: https://app.parlamento.pt/visita360/pt/

Uma intrusa no Conselho de Segurança da ONU?

As violações da Rússia ao direito internacional na guerra contra a Ucrânia e a (i)legitimidade do assento permanente russo no Conselho de Segurança da ONU.

Após a desintegração da União Soviética, em 1991, Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos e Rússia assinaram o Memorando de Budapeste (1994), documento no qual os signatários asseguravam o respeito à independência e à soberania da Ucrânia, dentro de limites territoriais que incluíam a região da Crimeia. Em contrapartida, os ucranianos aderiram ao Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP).[1] Exatamente 20 anos depois, a Rússia, liderada por Vladimir Putin, rompeu o acordo e invadiu a Crimeia. Sob forte suspeita de manipulação, foram promovidos referendos na península para aprovar sua separação e anexação à Rússia – sem a chancela da ONU e com pressão contrária por parte dos EUA e da União Europeia.[2]

A anexação da Crimeia caracterizou grave violação do direito internacional e pode ser considerada a primeira fase de um conflito que na atualidade alcançou uma dimensão continental: a guerra promovida pela Rússia contra a Ucrânia, desencadeada pela invasão russa de 24 de fevereiro de 2022, representa o primeiro conflito bélico interestatal em solo europeu desde o fim da 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

Os episódios citados constituem violações da Rússia às normas de direito internacional conhecidas como jus ad bellum e jus in bello. O país, ademais, é supostamente liderado por um criminoso de guerra: em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandado de prisão contra Putin por comandar a deportação de pessoas – incluindo crianças – o que constitui crime de guerra[3]. O governo ucraniano, por sua vez, argumenta que o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) poderia invocar o art. 42 do Capítulo VII da Carta da ONU, autorizando o uso da força para repelir a invasão – mesmo com voto contrário da Rússia, que tem poder de veto por integrar o P-5[4]. Como veremos mais adiante, a Ucrânia defende que a condição de membro permanente da Rússia é ilegítima.

Jus ad bellum significa “direito à guerra”. Trata-se de um conjunto de normas que estabelecem as condições nas quais os Estados podem recorrer ao uso da força, representando exceções à norma imperativa que proscreve a guerra.[5] Atualmente são duas as possibilidades de legítimo uso da força: (a.) autodefesa, para repelir agressão armada; e (b.) ação militar autorizada pelo CSNU (cap. VII da Carta da ONU). O artigo 2.º, 4, da Carta proíbe a ameaça ou o uso da força e apela a todos os membros para que respeitem a soberania, a integridade territorial e a independência política de outros Estados. Outrossim, a ONU determina que seus membros recorram a instrumentos pacíficos de solução de controvérsias (art. 33).[6] A Rússia, ao invadir a Ucrânia em 2014 e novamente em 2022, violou tanto o artigo 2(4) quanto o 33 da Carta.

            O jus in bello, ou “direito na guerra”, por sua vez, rege a forma como a guerra é conduzida. Também conhecido como “direito internacional humanitário”, seu objetivo é limitar o sofrimento causado pelas hostilidades.[7] Suas normas mais importantes são as Convenções de Genebra de 1949[8]. Segundo Blum e Modirzadeh, professores de Harvard, nos EUA, o jus in bello exige que beligerantes dirijam ataques apenas contra combatentes aptos e alvos militares e evitem danos a civis, bens civis e ao meio ambiente.[9] No conflito russo-ucraniano, contudo, há provas materiais de frequentes violações ao direito humanitário, sobretudo por parte do exército russo, incluindo bombardeios de áreas civis e a transferência forçada de crianças, prática que é proibida pela 4ª Convenção de Genebra de 1949[10] e que ensejou a condenação pelo Tribunal da Haia.

O êxito do mandado de prisão contra Putin emitido pelo TPI dependerá de cooperação internacional, notadamente dos mais de 120 Estados que ratificaram o Estatuto de Roma de 1998.[11]  O fato de a Rússia ser uma potência nuclear e não reconhecer a jurisdição do tribunal torna pouco provável que Putin seja efetivamente preso, sob uma ótica calcada em realpolitik. Não obstante, a sentença tem validade jurídica e reveste-se de simbolismo político: é a primeira condenação de um chefe de Estado fora da África – e de um líder de uma grande potência. A gravidade dos crimes e o ineditismo da decisão podem isolar Putin ainda mais no plano diplomático[12].

O governo da Ucrânia, por meio de seu Ministério de Assuntos Exteriores (MFA), divulgou, em dezembro de 2022, um paper intitulado “Declaração sobre a ilegitimidade da presença da Federação Russa no Conselho de Segurança da ONU e nas Nações Unidas como um todo”.[13] De acordo com o texto, a Federação Russa teria assumido cadeira de membro permanente do CSNU ilegitimamente, infringindo as normas da ONU. O MFA ressalta que a expressão “Federação Russa” sequer consta na Carta das Nações Unidas. O documento argumenta ainda que, em 1991, o pleito de adesão da Federação Russa à ONU e ao P-5, em substituição à URSS, deveria ter sido analisado e efetivado por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), após recomendação do CSNU, conforme preconiza o art. 4 da Carta.[14] O texto acrescenta que o procedimento do art. 4 foi adotado por República Tcheca e Eslováquia quando a Tchecoslováquia deixou de existir em 1993.[15] A mesma deveria ter sido aplicada à então URSS.

O paper do governo ucraniano destaca, também, que a adesão à ONU está aberta a todos os Estados amantes da paz (§ 1, art. 4); a Rússia, contudo, não preencheria esse requisito: consoante o MFA, “três décadas de presença ilegal na ONU foram marcadas por guerras e apreensão de territórios de outros países, mudança forçada de fronteiras reconhecidas internacionalmente (…)”.[16]

É incontestável que a Federação Russa tem violado reiteradamente o direito das gentes. A anexação da Crimeia (2014) e a invasão armada à Ucrânia, em 2022, contrariam normas internacionais de jus cogens, mormente a proibição do uso da força no plano mundial. Ataques a civis e a transferência forçada de crianças configuram infrações ao direito de Genebra e levaram o TPI a expedir mandado de prisão contra Putin. A campanha realizada pela diplomacia ucraniana, contestando a presença da Rússia na ONU, além de sua condição de membro permanente, pretende ser um ponto de partida para a discussão jurídica e diplomática acerca da legitimidade e do status da Rússia na organização internacional. A introdução desse debate jurídico poderá destravar o processo de reforma da ONU, considerada obsoleta por representar a configuração mundial de poder de 1945. O Conselho de Segurança, em particular, precisa tornar-se representativo de um mundo multipolar[17] e contar com processos decisórios mais ágeis, fazendo que a organização consiga prevenir conflitos e restaurar a paz entre as nações.  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAS, Vladimir. Putin não deve ser preso, mas só terá livre circulação em países satélites. Revista Consultor Jurídico, 3 de abril de 2023. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2023-abr-03/vladimir-aras-mandado-prisao-putin> Acesso em 22 jun. 2023.

BONET, Pilar. Crimeia, a obsessão de Putin. El País, 2016. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/29/eps/1467215735_437122.html>. Acesso em 18 jun. 2023.

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KIRBY, Paul. POR QUE ENTRADA DA FINLÂNDIA NA OTAN ENFURECE TANTO A RÚSSIA. BBC News Brasil. 2023. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv2ndjvvmg4o> Acesso em 25 jun. 2023.

KULIKE, Marcelli. As invasões russas na Geórgia (2008) e na Crimeia (2014). Série Conflitos Internacionais. V. 1, n. 4. Unesp, Agosto de 2014. Disponível em <https://www.marilia.unesp.br/Home/Extensao/observatoriodeconflitosinternacionais/4-invasoes-russas.pdf > Acesso em 21 jun. 2023.

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REZEK, Francisco. Direito internacional público: curso elementar. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2020. 

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UNITED NATIONS (UN). United Nations Charter (full text). Disponível em <https://www.un.org/en/about-us/un-charter/full-text > Acesso em 18 jun. 2023.

[1] A versão original do Memorando em inglês encontra-se disponível em: https://treaties.un.org/doc/Publication/UNTS/Volume%203007/v3007.pdf , p. 167.

[2]    KULIKE, Marcelli. As invasões russas na Geórgia (2008) e na Crimeia (2014). Série Conflitos Internacionais. V. 1, n. 4. Unesp, Agosto de 2014. Disponível em <https://www.marilia.unesp.br/Home/Extensao/observatoriodeconflitosinternacionais/4-invasoes-russas.pdf > Acesso em 21 jun. 2023.

[3] THE ECONOMIST. Why Russia is deporting Ukrainian children. Abril de 2023. Disponível em <https://www.economist.com/the-economist-explains/2023/04/14/why-russia-is-deporting-ukrainian-children>. Acesso em 09 jul. 2023.

[4]    P-5 é a abreviação para os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China.

[5]   REZEK, Francisco. Direito internacional público: curso elementar. 17. ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2020.  P.437

[6] UNITED NATIONS (UN). United Nations Charter (full text). Disponível em <https://www.un.org/en/about-us/un-charter/full-text  > Acesso em: 23 jun. 2023.

[7]   COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA (CICV). Jus in bello – Jus ad bellum. Disponível em < https://www.icrc.org/pt/guerra-e-o-direito/dih-e-outros-regimes-legais/jus-bello-jus-ad-bellum > Acesso em 24 jun. 2023.

[8]    AS CONVENÇÕES DE GENEBRA DE 1949 E SEUS PROTOCOLOS ADICIONAIS. Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), 2010. Disponível em <https://www.icrc.org/pt/doc/war-and-law/treaties-customary-law/geneva-conventions/overview-geneva-conventions.htm >. Acesso em 22 jun. 2023.

[9]    HARVARD LAW SCHOOL. The war in Ukraine and International Law, 2022. Disponível em

< https://hls.harvard.edu/today/the-ukraine-conflict-and-international-law/ >. Acesso em: 24 jun. 2023.

[10]    Convenção Relativa à Proteção das Pessoas Civis em Tempo de Guerra.

[11]   ARAS, Vladimir. Putin não deve ser preso, mas só terá livre circulação em países satélites. Revista Consultor Jurídico, 3 de abril de 2023. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2023-abr-03/vladimir-aras-mandado-prisao-putin > Acesso em 22 jun. 2023.

[12]     A China é a única grande potência que atualmente apoia a Rússia de Putin, porém sem participação direta no conflito europeu.

[13]   MINISTRY OF FOREIGN AFFAIRS OF UKRAINE. Statement of the MFA of Ukraine on the illegitimacy of the Russian Federation’s presence in the UN Security Council and in the United Nations as a Whole. 2022. Disponível em < https://mfa.gov.ua/en/news/zayava-mzs-ukrayini-shchodo-nelegitimnosti-perebuvannya-rosijskoyi-federaciyi-v-radi-bezpeki-oon-ta-organizaciyi-obyednanih-nacij-u-cilomu>. Acesso em 25 jun. 2023.

[14]    MINISTRY OF FOREIGN AFFAIRS OF UKRAINE. Statement of the MFA of Ukraine on the illegitimacy of the Russian Federation’s presence in the UN Security Council and in the United Nations as a Whole. 2022. Disponível em < https://mfa.gov.ua/en/news/zayava-mzs-ukrayini-shchodo-nelegitimnosti-perebuvannya-rosijskoyi-federaciyi-v-radi-bezpeki-oon-ta-organizaciyi-obyednanih-nacij-u-cilomu>. Acesso em 25 jun. 2023.

[15]   O mesmo procedimento aplicou-se aos novos estados que surgiram por ocasião da dissolução da ex-Iugoslávia. Para mais informações, acessar: https://www.un.org/en/about-us/member-states/yugoslavia.

[16]    MINISTRY OF FOREIGN AFFAIRS OF UKRAINE. Statement of the MFA of Ukraine on the illegitimacy of the Russian Federation’s presence in the UN Security Council and in the United Nations as a Whole. 2022. Disponível em <https://mfa.gov.ua/en/news/zayava-mzs-ukrayini-shchodo-nelegitimnosti-perebuvannya-rosijskoyi-federaciyi-v-radi-bezpeki-oon-ta-organizaciyi-obyednanih-nacij-u-cilomu>. Acesso em 25 jun. 2023.

[17]  O P-5 com poder de veto ainda é o clube vitorioso de 1945, sem representantes da América Latina, África ou sul da Ásia.  Sem reforma, o déficit de legitimidade do Conselho continuará aumentando. Uma análise mais aprofundada acerca da reforma da ONU pode ser encontrada na reportagem especial da revista The Economist intitulada The UN’s structures built in 1945 are not fit for 2020, let alone beyond it.  (Special Report) 2020. Disponível em <https://www.economist.com/special-report/2020/06/18/the-uns-structures-built-in-1945-are-not-fit-for-2020-let-alone-beyond-it.> Acesso em 01 jul. 2023.