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Esquerdogata: um retrato da militância hipócrita

Aline Bardy Dutra é a “esquerdogata”, uma influenciadora digital brasileira cujo perfil, no Instagram (esquerdogata_79), possui 825 mil seguidores.

Ela se posiciona como ativista política, focada em críticas ao que considera “fascismo”, na defesa de pautas progressistas e na militância contra o conservadorismo. Apresenta-se como comunicadora popular, professora e apaixonada por política e história.

Ela também gerencia um “clube de política” para discussões temáticas e produz conteúdo sobre não-monogamia, militância LGBTQ+, feminismo, gatos e desabafos. 

A Esquerdogata também possui uma loja de produtos com roupas e “copos revolucionários” com imagens de Che Guevara, Fidel Castro, Lenin, etc.

Embora não utilize o X desde 2022, sua conta na plataforma traz uma foto de presidente Lula, e seu perfil é descrito na bio como um “espaço dedicado a destruir ideias fasc1st4as”.

Em 26 de outubro de 2025, a esquerdogata em questão foi presa por injúria racial. O caso ocorreu durante uma blitz de trânsito, em Ribeirão Preto (SP).

A influenciadora, que estava em um bar, e visivelmente embriagada, avistou PMs concluindo uma ação de fiscalização e se aproximou deles dizendo: “Um preto querendo foder outro preto”.

Após ser informada que seria detida, Aline Bardy continuou a ofender e desacatar os PMs, com inúmeras frases desairosas e preconceituosas sobre salário e cultura. Os PMs gravaram os insultos da influenciadora com seus celulares. Eis as falas da esquerdogata:

Contexto inicial (Intervenção na abordagem e injúria racial)

“Um preto querendo foder outro preto.” (Referindo-se ao policial negro abordando um homem negro, o que foi classificado como injúria racial.) 

“Nazistinha… fascistinha… preto bosta.” (Dirigido a um dos PMs ao questionar a abordagem.) 

Durante a detenção e resistência (desacato e ofensas)

Vai tomar no meio do seu cu. Você tem noção de quem é você e quem sou eu? […] Você não tem dinheiro nem para falar com meu advogado.” 

“Eu tenho 1 milhão de seguidores”.

Ai que delícia, gente! Sabe como uma militante ser presa? Isso vai me fazer deputada federal, vocês sabem disso, né? Vou mandar em vocês tanto.” 

Você é um policialzinho, ganha sei lá… tem licença-prêmio? Tem o quê? O que cê tem aqui?” 

Cês acham que tem cacife pra me mandar pra algum lugar. Sério! De verdade, olha pra mim! Olha pra vocês! Minha sandália vale o carro de vocês!” 

“Você já foi à Europa, meu amor? Vai pra Itália pra ver como são os policiais. Cês terão vergonha lá pra Londres. Já foi pra Londres? Tower Bridge. Já foi pra Londres? Nunca né, você não tem dinheiro pra isso. Ganham R$ 3 mil”

Polícia miliciana… bostas.

“Meu advogado?! Você não tem dinheiro nem pra falar com ele

***

O caso foi registrado como desacato, resistência e injúria racial, e ela foi liberada após pagar fiança.

Embora Aline Bardy Dutra tenha dito que trabalha como assessora na Secretaria de Comunicação do governo federal e tenha se identificado como “funcionária pública federal”, a Secom negou que ela integrasse o seu quadro de servidores.

O portal Metrópoles informou que Aline, na verdade, é professora de Educação Básica 1, na Secretaria Municipal da Educação de Ribeirão Preto, interior paulista, da qual está de licença não remunerada, de três anos, desde 22 de julho do ano passado.

Segundo o mesmo portal de notícias, ela conseguiu nove afastamentos remunerados, por faltas, motivos de saúde e licença-prêmio, informação que consta em edições do Diário Oficial do município.

Espero que continue de licença. As crianças da Educação Básica de Riberão Preto estarão mais seguras longe da influência de tal professora.