Todos os posts de Instituto Monitor da Democracia

O truco das tarifas de Trump: coloque seus filhos para estudar Mandarim

Trump chamou de Liberation Day, mas o tarifaço que ele propôs contra a China pode muito bem ser chamado de Make China Great Again. Ainda não está claro para ninguém o que exatamente vai sair disso. Eu recomendo matricular os filhos em aulas de Mandarim.

Quem está dizendo que já entendeu tudo são os doidinhos de sempre, os fugitivos do CAPS da política. Aquela turma que não estuda o tema, não trabalha com o tema, não trabalha com política mas acha que sabe tudo. Estão no mesmo nível de quem assiste futebol e se acha técnico.

Quem realmente acompanha política com seriedade ainda está tentando entender as motivações e, principalmente, as consequências das tarifas. As bolsas do mundo inteiro estão em pânico. Isso porque ninguém conseguiu calcular ainda o prejuízo, nem as maiores empresas americanas.

Hoje, para fazer um lápis, o grafite vem de um lugar, a madeira de outro, a tinta de outro, a montagem de outro. A cadeia produtiva é mundial. Serviços também. Tem empresa americana com atendimento ao consumidor feito por call centers na Índia. Isso vai ser tributado como? Vai ser tarifado como Índia ou como Estados Unidos? A conta está sendo refeita. E ninguém sabe ainda o tamanho do estrago.

Aqui no Brasil, como sempre, temos políticos sem o menor respeito pela população. E o brasileiro aceita. Vive num relacionamento abusivo com a classe política. Sabe aquela situação em que a pessoa te maltrata, você vai cobrar, e no final é você que sai pedindo desculpa? É assim.

Tem político que finge que nada está acontecendo. E tem os que dizem: “Vamos retaliar!”. É risível. É como se, numa briga de rua, um brutamontes de 1,90 m sacasse um estilete, e você entregasse um estilete para sua filha de 3 anos dizendo: “Vai lá, enfrenta ele!”. Essa é a ideia do Brasil “retaliar” os EUA. Mesmo instrumento, nenhuma chance.

E, no meio disso tudo, o Lula aparece com aquele tom de sempre: “tá tudo certo, tá tudo bem”. Vi um pronunciamento do primeiro-ministro de Singapura. Ele disse, com serenidade: “Ainda não sabemos o tamanho do impacto. Mas a ordem mundial está mudando. Aquela estabilidade criada após a Segunda Guerra está ruindo”. Mesmo que revogue todas as tarifas, Donald Trump já queimou um ativo valioso dos Estados Unidos: previsibilidade.

Em Singapura explicaram com calma e transparência ao povo, dizendo que os impactos negativos e também positivos acontecerão e ainda não podem ser previstos. Aqui? Nada. Não teremos esse tipo de esclarecimento. E, pior, ninguém vai cobrar. Porque o brasileiro já aceita tanto absurdo de político que nem exige mais que eles se comportem feito gente grande.

Institute for Research in Economic and Fiscal Issues

O Instituto de Investigação em Questões Econômicas e Fiscais foi fundado em 2002 por representantes da sociedade civil provenientes do mundo académico e empresarial e dispostos a estabelecer uma plataforma eficiente para investigar questões fiscais e tributárias. Na verdade, a tributação pode ser considerada uma questão multifacetada e os estudos existentes são, na sua maioria, incompletos ou mesmo tendenciosos. A necessidade de explorar sistemática e completamente a questão era óbvia para os membros fundadores do IREF.

Os interesses de investigação do IREF são numerosos e vão desde a fiscalidade à educação, dos gastos públicos à habitação, dos cuidados de saúde à reforma.

Ansioso por cruzar conhecimentos de economia, estatística, estudos jurídicos e política, o IREF procura criar um ponto de partida para reflexões e propostas sobre diversas políticas econômicas. Para atingir seus objetivos, o IREF edita livros, relatórios e estudos acadêmicos.

Os especialistas do IREF cobrem a atualidade europeia relacionada com a fiscalidade e a política económica e poderá encontrar todas as semanas no nosso site os seus comentários e análises.

O iMD tem a satisfação de publicar estes estudos no Brasil.

Clique e acesse os estudos (em inglês).

Center for European Policy Analysis

O Centro de Análise de Política Europeia (CEPA) é uma instituição de políticas públicas, sem fins lucrativos e apartidária, com sede em Washington DC, focada no fortalecimento da aliança transatlântica através de pesquisas, análises e programas de ponta.

A missão do CEPA é garantir uma aliança transatlântica forte e duradoura, enraizada em valores e princípios democráticos, com visão estratégica, previsão e impacto. Através de investigação, análise e envolvimento de ponta, são pensadas informações inovadoras sobre tendências que afetam a democracia, a segurança e a defesa a funcionários e agências governamentais; ajudando as empresas transatlânticas a navegar em cenários estratégicos em mudança e construir redes de futuros líderes versados no atlanticismo.

O CEPA vem atuando fortemente em defesa da manutenção da integridade territorial da Ucrânia. Assim como o iMD, o CEPA defende que valores e princípios democráticos são a base da aliança transatlântica. Apoiar a sociedade civil e defender o Estado de direito são essenciais para garantir a integridade e a sobrevivência das nossas democracias.

Freedom House

A Freedom House foi fundada em 1941 para reunir os decisores políticos e um público americano amplamente isolacionista em torno da luta contra a Alemanha nazista e para aumentar a consciência sobre a ameaça fascista à segurança e aos valores americanos. Nas décadas seguintes, a Freedom House estabeleceu-se através da sua defesa, programas e investigação como a principal organização americana dedicada ao apoio e defesa da democracia em todo o mundo.

A instituição trabalha através de divisões políticas para promover políticas que fortaleçam a democracia e protejam os direitos humanos. Apoiam uma vasta e confiável rede de activistas e defensores que lideram a luta pela mudança democrática nos seus países. Quando estes indivíduos corajosos são atacados pelo seu ativismo, jornalismo ou oposição à tirania, a Freedom House se esforça por mantê-los seguros para que possam continuar o seu importante trabalho.

Seu corpo de estudiosos publica um dos mais importantes index de monitoramento democrático no mundo, chamado de “Liberdade no Mundo”, que atribui uma pontuação e status de liberdade a 210 países e territórios.