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Foto: REUTERS/Adriano Machado

Governo Lula e uma estranha obsessão por fake news e redes sociais

O governo Lula parece obcecado com as redes sociais e o que chama de “fake news”. O objetivo, no entanto, não parece ser combater desinformação mas silenciar quem não se submete ao discurso da esquerda. Essa obsessão não é novidade, o PT sempre teve o sonho de regular a mídia. Quem não se lembra de Lula tentando expulsar do Brasil um repórter do New York Times por publicar algo que ele não gostou?

A diferença agora é que o contexto mudou. Sem prosperidade econômica para sustentar sua popularidade, o governo tenta compensar com controle de narrativa. Muitos que votaram em Lula o fizeram com a memória das geladeiras compradas e das viagens feitas no passado. Só que a realidade atual é muito diferente e o governo não consegue esconder isso. Quando o cidadão vai ao mercado, sente no bolso o peso da inflação e a carestia. Não há rede social ou discurso que transforme um carrinho vazio em fartura.

E o que o governo faz diante desse cenário? Insiste em narrativas desconectadas da realidade. Declarações como “não vamos taxar as blusinhas” ou “não haverá imposto sindical” são rapidamente desmentidas pelos próprios atos do governo. Com a regulamentação do PIX, da qual o governo desistiu, virou uma lambança. Tomaram um 7 x 1 do deputado Nikolas Ferreira nas redes e agora prometem sair processando quem promoveu “desordem informacional”. O que seria isso? Não sei. Maldosos diriam que falar mal do governo entra no escopo. Não creio.

A falta de coerência também aparece em questões como o sigilo. Enquanto planejava vigiar movimentações financeiras da população, os gastos e visitas de Janja e Lula são protegidos por sigilo de cem anos. Como o governo pode pedir confiança do povo quando pratica essa disparidade?

O foco nas redes sociais também é revelador. O PT quer calar vozes contrárias, algo que sempre esteve em sua agenda. Hoje, porém, essa censura tenta maquiar a realidade de um governo que não entrega o que prometeu. Na segurança pública, o cenário é de crime desenfreado e discursos vazios. Na economia, promessas de não aumentar impostos são quebradas constantemente. A cada nova mentira, a confiança no governo se dissolve.

E o que o governo faz? Tenta culpar as redes sociais e os críticos. Mas quanto mais o Lula aperta essa história de controle, pior fica para ele. A realidade não se esconde com mordaças. Não há narrativa que supere a sensação de insegurança nas ruas, os preços altos no mercado ou a desconfiança no governo.

No final, o governo Lula colhe o que plantou. Apostar em censura e controle não vai melhorar sua imagem. E, sinceramente? Eu acho é pouco.

Governo Lula passa da metade sem ter descido do palanque

Estamos na metade do governo Lula 3, mas a sensação é de estar assistindo a um daqueles filmes intermináveis. Você pensa estar nos cinco minutos finais mas descobre que a história mal começou. O problema é que, enquanto o tempo passa, o governo parece mais perdido do que cego em tiroteio. É um espetáculo de promessas, discursos e palanque. Ação mesmo, pouquíssima coisa. O Lula 3 está sendo descrito por muitos como pior do que o Dilma 2. E o motivo é claro: ele nem começou a governar.

O Brasil vive um governo que ainda não desceu do palanque. Lula continua falando, prometendo e não fazendo. Enquanto isso, o país segue com uma economia fragilizada, um dólar fora de controle, e um Executivo que simplesmente não se encontra.

Para piorar, estamos passando vergonha internacional com uma figura que não tem cargo, função ou responsabilidade, mas aparece em eventos oficiais porque casou com o presidente. Janja, ao invés de simbolizar algo novo, apenas reforça uma lógica machista: a mulher que é enfiada em espaços de poder por causa do marido. E aí vem o discurso de ressignificação do papel de primeira-dama, como se isso fosse algo positivo. Ressignificar o quê? A falta de vergonha na cara?

O grande problema do governo Lula não é apenas a inércia, mas o fato de ser liderado por uma figura que sempre evitou sucessores. Lula é a clássica liderança pé de manga: onde ele está, nada cresce à sua sombra. Ao longo dos anos, o PT foi perdendo quadros capacitados, muitos deles envolvidos em escândalos como o Mensalão e o Petrolão. E o que sobrou? Um partido sem novas lideranças e um país que entregou o poder de volta a um político que tem vivido de fazer campanha permanente.

Olhando para frente, o cenário não é mais animador. Lula vai continuar no palanque. Sem um sucessor à vista, o plano parece ser repetir a fórmula em 2026. Mesmo que isso signifique o país afundar mais dois anos no caos e na estagnação.

Enquanto isso, a estratégia será transformar qualquer crítico em extremista. Já começou: se você não apoia Lula ou Janja, é automaticamente jogado no rótulo de “extrema-direita”. Reputações estão sendo atacadas, como no caso de Ângela Gandra, recém-nomeada para uma secretaria em São Paulo, que foi alvo de críticas absurdas, pintada pela esquerda psiquiátrica como se fosse uma extremista.

Essa narrativa já está desgastada. A popularidade de Janja, por exemplo, segue em queda livre. Quanto mais ela aparece, mais rejeição enfrenta. E o governo, que mal conseguiu vencer a última eleição, está repetindo os erros que levaram à desconfiança popular. O foco continua em atacar opositores enquanto o Brasil aguarda ações concretas.

Os próximos dois anos prometem ser complicados. Depois de dois anos de incerteza, podemos estar à beira de dois anos de inferno político. Um governo sem direção, somado à militância mais barulhenta tentando coagir o debate público e direcionar as próximas eleições, forma uma combinação perigosa. A pergunta que fica é: até quando o Brasil vai aceitar essa lógica de palanque eterno? 2026 está chegando, e é hora de começar a pensar em como evitar que essa história se repita.