O regime chinês tem recrudescido a censura de conteúdo online sob uma campanha liderada pela Administração do Ciberespaço da China, órgão regulador da internet no país, para lidar com a “incitação maliciosa de emoções negativas”.
A campanha, que tem como alvo “plataformas de mídia social, vídeos curtos e plataformas de transmissão ao vivo”, quer evitar conflitos entre grupos, a promoção de pânico e ansiedade, a violência e a hostilidade online e o excesso de sentimentos negativos e pessimistas, segundo o órgão regulador. Embora o debate sobre como evitar que a internet se transforme em um gatilho para a violência seja uma discussão que toma o mundo à medida que ataques a escolas e a grupos minorizados, por exemplo, frequentemente nascem no ambiente online, a execução da campanha chinesa mostra viés político.
Cerca de uma semana após o lançamento, a conta oficial do Weibo, plataforma similar ao X, comunicou a suspensão de “mais de 16 mil conteúdos violadores” e “mais de 1.200 contas infratoras”. Os casos citados como exemplo pela plataforma envolvem usuários que “fabricaram e disseminaram rumores e informações relacionadas à economia, às finanças e ao bem-estar social”.
Províncias pelo país também divulgaram suas próprias campanhas após o lançamento da nacional e passaram a tirar do ar conteúdo considerado infrator. Em Anhui, 240 sites foram retirados do ar e 199 responsáveis por contas ilegais ou irregulares foram convocados para entrevistas. A página oficial do local não dá detalhes do conteúdo, mas afirma que se tratava de “manipulação e especulação maliciosa” e “criação e propagação de boatos”, entre outros.
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2 dias ago